Você quer entender por que, com a eletroestimulação, um paciente melhora e outro não? Pois neste artigo com Motility Oral®, eu explico.
Então, continue lendo até o final para entender tudo.
Como acontece a contração fisiológica?
Você está se mexendo e vamos supor que você pegue um peso, então como funciona a contração fisiológica?
Primeiro, nós contraímos as fibras tipo 1, que são fibras de resistência, as vermelhas.
Depois, contraímos as fibras tipo 2, que são fibras mistas, de força e resistência.
E, por fim, então, contraímos as fibras tipo 3, que são fibras só de força, branca pura.
O que acontece com a contração fisiológica na eletroestimulação
Quando você coloca um eletrodo no seu paciente, o que acontece?
Você inverte o potencial de contração fisiológico.
E isso as pessoas não levam em consideração.
O potencial de contração é invertido na eletroestimulação
O que acontece, então, neste momento, quando eu inverto este potencial de contração?
Eu vou gerar fatalmente fadiga na musculatura. Dessa forma, o paciente vai fadigar!
O que acontece, então, com este paciente?
Se o paciente tem um quadro neurodegenerativo, como miastenia gravis ou esclerose lateral amiotrófica, e você não levar isso em consideração, estará, portanto, sendo pago para piorar o caso dele!
Até mesmo um quadro de AVC com grande alteração de força, vai fadigar, obviamente, muito rápido se você não considerar essa inversão do potencial e contração.
Reflexão sobre a eletroestimulação em alguns pacientes
Porque é você que contrai! Você, que não é sarcopênico, não tem desuso, que não está acamado… Você contrai.
Mas como você vai replicar a programação que faz bem para alguém saudável em um paciente com necessidades diferentes? Sabendo que ele já fadiga naturalmente, porque o potencial é invertido?
Recapitulando a questão das fibras
Quando nós contraímos o músculo, qualquer coisa que pegamos, primeiro são contraídas as fibras tipo 1, tipo 2A e tipo 2B, pois esta é a ordem natural.
Entretanto, quando você coloca o simulador elétrico, é o contrário: primeiro você recruta as fibras tipo 2B, que é a branca pura, de força; depois a mista e, por último, as vermelhas, que é de resistência.
Por que o potencial é invertido na eletroestimulação?
Isso acontece porque as nossas fibras mais superficiais são tipo 2B.
As mais profundas, que estão mais perto dos ossos, são as fibras de resistência, que são responsáveis pelo nosso tônus muscular.
Existem tipos de contração também, mas isso cabe em outro artigo.
Então, o que acontece neste momento?
Dessa forma, se você colocar esta receita de bolo, o seu paciente não melhora. Sabe o que vai acontecer?
Você vai liberar tanto ácido lático neste paciente, tanta fadiga, que não vai existir neuroplasticidade. Isso que eu estou falando é muito grave.
A importância da neuroplasticidade
Porque a eletroestimulação faz neuroplasticidade, desde que se tenha harmonia de estímulo!
Mas, quando você fadiga este músculo, vai gerar tanto resíduo, que não vai haver neuroplasticidade.
Eletroestimulação: por que, então, um paciente melhora e outro não?
Então, será aí que você vai falar: “nossa, mas por que o meu paciente não melhora? E por que o outro paciente melhora com eletroestimulação e este aqui não melhora?”
Por isso! Porque não levamos esse importante fundamento em consideração.
Onde posso aprender mais sobre isso?
Siga-me no Instagram, Motility Oral (@motilityoral), para saber mais sobre assuntos relacionados a fono hospitalar, porque eu estou sempre falando sobre isso por lá!
Portanto, fique por dentro!
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