Certa vez, perguntaram-me isto: Como fazer a aplicação de bandagem na pele do idoso? Como aplicar bandagem em pele idosa e bastante enrugada?
Então, vamos lá descobrir?
Aplicação de bandagem na pele enrugada X dobra na pele
Uma coisa é pele enrugada, outra coisa é dobra na pele.
Eu, Camila, faço a aplicação de bandagem tranquilamente em idosos. Não tenho problema nenhum.
Mas, para isso, é preciso que você cuide atenciosamente para que não ocorra nenhuma dobra de pele abaixo da aplicação da fita.
Como fazer a aplicação de bandagem, então?
Você vai aplicar igual, puxando e tracionando levemente a pele do paciente e cuidando para não deixar ter nenhuma dobra de pele abaixo da fita, porque isso é fundamental.
Aí podem dizer: “Ah, Camila, mas fica com dobra”. Pois eu digo: não, não fica. Fica enrugado em volta, mas abaixo da aplicação, se você olhar bem, não terá nenhuma dobra.
Não tem erro!
Aplicação de bandagem sem lesionar: dica de ouro
Certa vez me perguntaram como aplicar bandagem na pele sensível do idoso sem causar lesões.
Dois são os problemas relacionados a isso: colocar tensão demais na zona terapêutica da bandagem e colocar tensão em ponto de contato final. Assim, precisamos considerar isso para não lesionar a pele do idoso, pois ponto de contato final nunca terá tensão.
Mas quando usar? Vamos conversar um pouco sobre isso?
Então, continue lendo até o fim para saber tudo!
Bandagem funcional para AVC: paralisia facial
Certa vez me perguntaram sobre um paciente pós AVC de hemisfério esquerdo e sequela motora à direta, consequentemente com paralisia facial central direita e escape de ar por comissura labial direita. Então, questionaram-me: posso colocar bandagem neste caso?
Deve! Respondi que deve usar! Tanto em orbicular da boca, por ser um músculo ímpar, quanto do lado paralisado.
Outro ponto importante a ser analisado neste caso é se a lesão está na fase aguda ou crônica, ou seja, se já tem sequelas ou não. Caso ainda não tenham sido instaladas sequelas você realiza a aplicação do lado paralisado para auxiliar na coordenação motora oral; e caso já tenha sequela você fará a aplicação em ambos os lados.
Falarei disso à frente.
Caso específico de bandagem funcional em paciente com AVC
Certa semana, chegou lá no Hospital São Julião, onde eu trabalho, um paciente que havia sofrido um AVC há 10 anos. Dez anos acamado e disártrico! Nunca havia feito fonoterapia, mas comia de tudo por boca, e falava, mas com uma disartria leve.
Ele pegou covid e foi para o hospital reabilitar.
Como disseram que ele comia de tudo, eu fui lá, ver ele comendo. Eu, observando, vi que ele acumulava alimento em vestíbulo, mas conseguia retirar a estase com a língua.
Além disso, na hora que ele conversava comigo, eu via um desvio de rima importante, uma disartria significante.
Quando eu terminei de avaliá-lo, coloquei a bandagem funcional.
O resultado da bandagem funcional para este paciente com AVC
Coloquei a bandagem em bucinador, em orbicular dos lábios.
É uma pena que eu não possa mostrar nas redes sociais o vídeo desse paciente do antes e depois. A bandagem organizou absurdamente a fala dele!
Ele falou pra mim: “Doutora, eu estou falando melhor!”
Que lindo!!
Conclusão desse caso
Assim, uma bandagem bem aplicada, com corte, tensão e local corretos, é capaz de organizar as funções orais do paciente gerando efeito imediato. Porque você dá aquele suporte que o músculo precisa para organizar a função.
Por isso que eu sou encantada, de verdade, com os resultados que a bandagem nos proporciona na clínica, tanto nos casos de reabilitação quanto dos casos que já tem sequela.
Devo fazer a aplicação em qual lado da paralisia facial?
Na paralisia facial, nós temos que pensar que na fase da sequela devemos utilizar uma aplicação para inibição do lado bom. Nós temos que inibir porque aquela musculatura está com tanta contratura que você precisa utilizar a bandagem, inclusive, para o lado que não é paralisado, pois ele está trabalhando em demasia.
Então, você vai organizar e estimular o lado afetado, que está com desvio de rima ou com comprometimento de mobilidade. Você vai usar a bandagem visando contrair e favorecer.
Já para o outro lado, que não está paralisado, mas que pode estar em sobrecarga, você vai para o raciocínio da inibição e, muitas vezes, você vai utilizar inclusive o mesmo corte. Mas o que vai mudar? O sentido da força reativa da bandagem.
Esse raciocínio depende, muitas vezes, de uma boa formação na técnica, para você aprender que poderá utilizar o mesmo corte para diferentes objetivos. Colocar o ponto de contato inicial na origem ou inserção do músculo muda tudo, muda completamente o objetivo.
Bandagem funcional para paralisia bulbar progressiva
Também me perguntaram se eu, Camila, utilizo bandagem em pacientes com paralisia bulbar progressiva. Já me questionaram se a bandagem não poderia gerar fadiga muscular.
E eu, com toda certeza, digo que não, a bandagem não gera fadiga e eu uso bandagem nesses casos sim.
O que é contraindicado em casos de esclerose lateral amiotrófica? É contraindicado tudo o que é disfuncional, que você faz além do funcional, certo?
Fora que, quando eles estão muito avançados, a bandagem auxiliará a “segurar” e organizar as estruturas orofaciais, dando maior conforto ao paciente.
Então, por isso, é uma grande indicação nesses casos para mim.
O melhor lugar para a colocação da bandagem funcional para paciente pós AVC com sialorreia
Neste mesmo dia, me perguntaram isto: qual é o melhor lugar para a colocação da bandagem funcional para paciente pós AVC com sialorreia? Eu respondi o seguinte:
Depende de cada caso, mas a aplicação escolhida será a que gera maior organização oral e consequentemente potencializa a função de deglutição. Precisamos pensar assim: uma aplicação correta vai diminuir a sialorreia, mas o que faz melhorar de fato? A frequência de deglutição. Assim duas aplicações que geram bom resultado são: orbicular de lábios e milo-hiódeo.
A bandagem age sobre as glândulas salivares?
A bandagem não age sobre as glândulas salivares. Sua ação será na musculatura envolvida no processo de deglutição. Imagine, com uma aplicação em orbicular de lábios você pressuriza uma das válvulas mais importantes de todo o processo de deglutição. Também é possível aumentar a frequência de deglutição com uma aplicação triangular em milo-hióideo, onde você pega toda a musculatura supra-hióidea, como esta:
Você está imputando, o tempo todo mandando estímulo para o sistema nervoso central, e consequentemente terá uma resposta.
Por que a melhora a sialorreia, então?
Vamos pensar assim: se você tem o hábito de usar anel e o coloca no seu dedo, você não vai ficar o tempo todo mexendo o dedo até acostumar? Pois bem, com a bandagem acontece a mesma coisa.
Tem um estímulo ali sendo mandado o tempo todo para o sistema nervoso central. E assim, você acaba deglutindo.
Isso dá a impressão de melhora da sialorreia, mas, na verdade, é porque melhora a função.
Você já deve ter ouvido falar sobre utilizar leite de magnésia ou Bepantol líquido antes de aplicar a bandagem. Mas será que deve ser realizada em toda aplicação? Quando isso deve ser feito? Somente em casos de alergia a bandagem.
Continue lendo para saber mais!
Em todo paciente é preciso passar leite de magnésia ou Bepantol líquido para aplicar a bandagem?
A resposta para isso é: não, não precisa.
Quando é que você passa leite de magnésia ou Bepantol líquido?
Apenas nos pacientes que você aplicou a bandagem e ocorreu alguma alergia. Ou em caso de pacientes com a pele bastante sensível. Nesses casos, sim. Mas, caso contrário, você não precisa passar.
Mas como eu sei que o meu paciente vai ter alergia a bandagem?
Fazendo! Você tem que aplicar a bandagem, percebeu alguma alergia, aí sim você vai preparar a pele do seu paciente para a próxima aplicação.
Qual a diferença de limpar a pele e preparar a pele?
Uma coisa é limpar a pele, outra coisa é preparar a pele para a aplicação da bandagem.
Vamos falar então de preparar a pele. É assim: depois que você limpou a pele do seu paciente, você vai aplicar o Bepantol líquido ou o leite de magnésia na região escolhida para a aplicação.
Espera secar o produto e com a pele bem sequinha você procede com a aplicação da fita. Simples assim.
Alergia a bandagem: Bepantol líquido ou leite de magnésia?
Eu, Camila, só uso leite de magnésia. Está no meu carrinho de materiais no hospital, o custo é baixo e resolve muito bem.
Bepantol líquido é mais “chique”!
Mas e a durabilidade da bandagem?
Você pode pensar: “Ah, Camila, mas e a durabilidade da aplicação? A bandagem não vai durar menos na pele?”
Sim, dura menos. Só que pelo menos você garante que a pele do seu paciente se mantenha íntegra e sem alergia a bandagem.
Mas e se, mesmo assim, der alergia a bandagem?
Se mesmo utilizando leite de magnésia ou Bepantol líquido a bandagem der alergia no seu paciente, então este é um caso onde a bandagem não poderá ser utilizada.
É a mesma história, por exemplo, do idoso, da criança, do paciente que não colabora com a aplicação e tira… Infelizmente.
Você já deve ter ouvido falar o quanto a bandagem elástica funcional alivia a dor, minimiza edemas, favorece ou inibe um determinado grupo muscular. Não é mesmo?
Então continue lendo para saber para que ela serve, quando usar, vantagens, contraindicações e até quantas bandagens podem ser colocadas na face do paciente ao mesmo tempo.
Para que serve a bandagem elástica funcional?
Como já lemos neste texto, a bandagem elástica serve para tirar a dor, minimizar edemas, favorecer ou inibir um determinado grupo muscular. Além disso, ajuda a engolir e respirar melhor, melhora os movimentos…
Quando posso usá-la?
A bandagem elástica pode ser usada em vários casos – como nos AVC, por exemplo.
É preciso entender que existem casos que resolvem o problema e existem casos em que a aplicação da fita apenas melhora a qualidade de vida do paciente.
Por exemplo, em um caso de ptose palpebral, pode-se usar, é indicado. Porém, não vai resolver, só vai ajudar o paciente a assistir TV e ler uma revista, por exemplo, sem precisar ficar segurando a pálpebra caída.
Vantagens da bandagem elástica funcional
Inúmeras são as vantagens da bandagem elástica funcional, mas dentre elas podemos destacar o baixíssimo custo e a melhora quase que imediata da dor.
Contraindicações da bandagem elástica?
Em qual situação não seria indicada?
As contraindicações para ela são qualquer problema na pele, por exemplo, homens que fazem a barba e fica com a pele ferida. Qualquer ferimento que tenha na pele é contraindicado.
Existem pacientes que tem a barba muito grossa, então também prejudica na aderência da fita e a aplicação sai facilmente. Nestes casos, infelizmente não tem o que fazer.
→ Saiba mais sobre Fono Hospitalar com estes artigos:
Eu sou a Camila Pereira, fundadora da Motility Oral, e em meados de 2012 tive um forte desejo de ajudar meus pacientes a engolirem melhor, aliviar uma dor, melhorar os movimentos…
Então, foi quando após diversas formações, muito estudo e prática, pude vivenciar as maravilhas que este método, através de um custo baixíssimo, pôde fazer na vida dos meus pacientes – e até mesmo na vida dos meus familiares e amigos.
Continue lendo para saber para que serve este método maravilhoso.
Afinal, para que serve a bandagem?
A esposa de um amigo do meu marido teve o facial seccionado ao retirar um colesteatoma e assim, ela desenvolveu uma paralisia facial irreversível.
Certa vez, eu estava em Fortaleza, e meu marido combinou de encontrar esse amigo, e ele levou a esposa até mim, dizendo que ela já usava bandagem na face.
Nós nos conhecemos e eu, então, vi que ela usa bandagem permanentemente. Ela me relatou que preferia sair com a bandagem na rua e que quando ficava sem sua paralisia facial incomodava bastante principalmente para falar. Ela sentia que com a bandagem seu sorriso e fala melhoravam, por isso ela aplicava a bandagem todos os dias.
Neste caso foi uma fisioterapeuta que ensinou ela a aplicar, então todos os dias ao acordar, ela lava o rosto, aplica a bandagem e vai trabalhar.
Neste caso, sabemos que a bandagem não irá resolver o problema, mas é capaz de organizar as funções orais dela. Eu acho que esse é um dos nossos papéis: ajudar o paciente a se organizar.
Além disso, eu tenho mais de mil alunos (clique aqui e saiba mais), entre turmas presenciais e online, que me relatam: “como a frequência de deglutição do meu paciente melhorou com o uso da bandagem”.
E, também, como conseguir maior abertura de boca nos casos dos pacientes que têm apertamento? “Puxa a respiração facilitou tanto, melhorando o fluxo nasal.” E por aí vai e vai…
Dessa forma, para que serve a bandagem? Para tudo isso.
→ Saiba mais sobre Fono Hospitalar com estes artigos:
As pessoas às vezes se perguntam: como pode esta aplicação tirar minha dor instantaneamente?
Outra situação que é bem comum: “o médico me disse que eu iria ter muito edema, mas depois desta aplicação, o meu edema desapareceu!”
Como já dito neste texto, a bandagem elástica age no sistema tegumentar, e a tensão imposta ou não nesta fita enviará ao sistema nervoso central exatamente o objetivo que você almeja alcançar – além de prolongar este resultado.
Você já deve ter ouvido falar em bandagem para dor, que melhora quase que instantaneamente, certo? Mas por que isso acontece?
Continue lendo e você saberá!
Bandagem para dor: por que melhora?
A resposta do porquê a bandagem para dor melhora está nos mecanorreceptores que nós temos, que é por onde nós sentimos os estímulos.
O nociceptor, que é o receptor do estímulo de dor, não tem uma condução tão rápida quanto o receptor, por exemplo, do tato, da pressão. O tato e a pressão chegam mais rápido do que a dor ao sistema nervoso central, isso nada mais é que o mecanismo de comportas.
Em outras palavras, se você aplica um estímulo – seja um esparadrapo, cross tape, seja a bandagem elástica –, esse estímulo de tato e pressão chega mais rápido que o estímulo doloroso ao sistema nervoso central inibindo a dor.
Além disso a bandagem age no sistema tegumentar e é capaz de ao levantar a pele melhorar a circulação e reduzir o resíduo metabólico acumulado em determinada região.
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Exemplo de bandagem para dor: melhora através do estímulo de tato e pressão
Já aconteceu com você, por exemplo, de bater o cotovelo, o pé ou alguma parte do corpo e instantaneamente para aliviar a dor você realizar uma fricção intensa no local?
Não parece que, ao friccionar o local, você sente um alívio da dor? Por quê? Porque o estímulo de tato e de pressão chega mais rápido no sistema nervoso central e abafa o estímulo nociceptivo, fazendo que o estímulo de dor diminua.
Nesta publicação você vai ter um curso de bandagem para entender como a bandagem elástica pode contribuir para o fortalecimento de orbicular de olhos, favorecendo o fechamento do olho nos casos de pacientes com prejuízo desta função.
Dessa forma, irei ensinar duas aplicações, para serem alternadas entre si.
Então, vamos lá?
Primeira aplicação do curso de bandagem: para que serve?
Esta aplicação tem o objetivo de favorecer o fechamento dos olhos do paciente. Ficará assim:
Primeira aplicação do curso de bandagem: como cortar?
O primeiro passo para aplicar esta bandagem é escolher o corte e cortar, então, adequadamente a fita. Dessa forma, aqui o corte escolhido foi em Y.
Primeiro passo: medir o tamanho da bandagem e cortar
Para medir o tamanho da fita, nós medimos ponto a ponto, iniciando na região das têmporas e finalizando no cantinho da lágrima, para que fique bem rente.
Para marcar certinho onde cortaremos a fita, basta pinçar e fazer uma dobradura neste local. Assim, após isso basta cortar na linha demarcada.
Lembrando que para medir certinho a fita precisa ser posicionada sem curva, sem fazer contorno sobre o olho – para que a medida não fique torta. Assim, veja:
Segundo passo do curso de bandagem: cortar fininha
Dessa forma, vamos aplicar uma tira na parte inferior do orbicular e a outra na parte superior, sobre a pálpebra bem rente aos cílios, para quando vier a contração da elasticidade da fita, conseguirmos propiciar a aproximação e fechamento dos olhos.
Então, vamos cortar a bandagem fininha:
Terceiro passo: dobrar em três para fazer a técnica do Y
Assim, agora, nós vamos dobrar em três para fazermos a técnica do Y. Em seguida, vamos cortar.
Assim como você viu, eu cortei uma tirinha fina:
Lembrando que estava na região de têmporas até o cantinho do olho, assim, esta foi a medida padrão. Então cortamos uma tirinha, dessa tirinha dobramos em três e, depois, cortei no meio. Porque vai ser uma tirinha para o orbicular superior e uma para o inferior.
Portanto, pronto para o próximo passo?
Quarto passo do curso de bandagem: arredondar as pontas
Arredondamos as pontas para que tenha maior durabilidade na aplicação.
Irá ficar assim:
Primeira aplicação: como colar a bandagem?
E agora? Bandagem cortada, como colar? Existe jeito certo? Sim!
Então, vamos lá?
Primeiro passo do curso de bandagem: cortar os dedinhos da bandagem
Nós precisamos separar as tirar, cortando o papel que está na parte inferior, desta forma:
Segundo passo: tirar a proteção da parte que fica nas têmporas
A partir de agora, você vai, então, remover o papel do ponto de contato inicial. Desta parte:
Terceiro passo: colar a bandagem na região das têmporas
Agora nós vamos, assim, colar a bandagem na região das têmporas (ponto de contato inicial) e termoativar a cola da fita.
Quarto passo do curso de bandagem: contornar o olho por cima
Com o dedo, a partir de agora, nós vamos então puxar a proteção da bandagem de cima e fazer o contorno do olho. Portanto, vamos fazer um movimento de contra resistência.
Assim, termoativamos a cola, e vamos fazer a mesma coisa embaixo.
Quinto passo do curso de bandagem: contornar o olho embaixo
Esta aplicação é fabulosa para o paciente que tem, por exemplo, TCE, e que fica com a parte inferior do olho retrovertida.
Dessa forma, vamos aplicar embaixo contornando os cílios, e termoativar a cola também:
Primeira aplicação: resultado final da bandagem
A aplicação fica assim, olhe a diferença do olho direito para o esquerdo:
Perceba que ela não consegue abrir o olho. Consequentemente, cada vez eu ela pisca, esta bandagem está fazendo força de contração, e assim vamos fortalecendo esta musculatura para que ela consiga ter o fechamento do olho.
Segunda aplicação: para que serve?
Agora, nós vamos fazer outro tipo de aplicação. Mas por quê? Porque é importante alternar aplicações com o mesmo objetivo.
Quando a bandagem começa a sair, nós removemos e aplicamos outro tipo, para para que alterne com o mesmo objetivo no mesmo grupo muscular.
Ficará assim:
Segunda aplicação do curso de bandagem: como cortar e colar?
Primeiro nós iremos cortar e, depois, colar. Então, vamos lá?
Primeiro passo do curso de bandagem: medida padrão
Para medir, vamos, para que fique bem rente, de um canto ao outro do olho. Dessa forma, esta é a medida padrão:
Segundo passo: pinçar a medida padrão e cortar
Agora, vamos então pinçar e cortar a bandagem:
Terceiro passo: cortar uma tirinha fina
É importante lembrar que esta bandagem precisa ser extremamente fina, porque queremos pegar bem a região rente aos cílios, para pesar mesmo e cada vez que ela piscar o olho ir fechando.
Então, vamos cortar uma tirinha fina:
Quarto passo do curso de bandagem: arredondar as pontas
Agora, nós vamos, portanto, arredondar as pontas. Lembrando que o arredondamento é para que aumente a durabilidade da aplicação.
Ficará assim:
Quinto passo: cortar a proteção da tirinha no meio
Nesta técnica, nós não precisamos dobrar em três, porque nós cortamos exatamente no meio.
IMPORTANTE: Lembrando que, uma vez que tirou a proteção da bandagem, a parte da cola não pode mais encostar em lugar nenhum a não ser na pele onde será aplicada, justamente para que se garanta uma boa durabilidade da aplicação.
Sexto passo: colar a primeira parte da bandagem
Agora nós vamos, então, colar a bandagem, bem rente aos cílios:
Sétimo passo do curso de bandagem: colar a segunda parte
No sétimo passo do curso de bandagem, chegamos ao meio, tiramos a proteção da cola e, assim, colamos o restante com a pontinha da bandagem, sem encostar em lugar nenhum:
Segunda aplicação: resultado final
Então fica assim, veja bem:
Qual a diferença dos dois tipos de aplicação neste curso de bandagem?
Veja bem: tanto uma aplicação quanto a outra propiciam o selamento do olho.
Mas por que teoricamente parece que a direita é mais? Porque essa está tendo o apoio embaixo, que ajuda a fechar a parte inferior.
Mas, como eu disse, precisamos alternar as aplicações, sempre estar mudando.
Conheça a técnica de Spiral Taping, ou Esparadrapoterapia, lendo este artigo.
Afinal, esparadrapo?? Pois sim! Além disso, existe mais acessível? Não!!
Por isso, eu, Camila, uso muito para dor. Mas o meu colega e parceiro, Alan Senigalia, usa para uma infinidade de outras funções. Então, leia até o fim para saber tudo sobre esta técnica maravilhosa.
O que é Spiral Taping (ou Esparadrapoterapia)?
Spiral Taping é o mesmo que Esparadrapoterapia. Também conhecida, então, como acupuntura com fitas, esta técnica utiliza tiras de esparadrapo com larguras específicas sobre áreas afetadas, como objetivos anti-inflamatório, analgésico, de sinergismo muscular e equilíbrio energético.
A história deste tratamento
O Spiral Taping foi descoberto há mais de 20 anos pelo acupunturista Nobutaka Tanaka, no Japão. Após se graduar na universidade e inaugurar sua clínica de recuperação, Nobutaka notou que atletas com lesões musculares, depois de já tratados ou não, apresentavam uma melhora dos sintomas de dor de acordo com a direção que era dada ao enfaixamento da região atingida.
Por que eu sou adepta a esta técnica?
Eu, Camila, gosto muito de usar este tratamento porque apresenta baixo custo, facilidade na aplicação, rápido resultado – se não imediato – e é de fácil acesso.
Quais são as vantagens do Spiral Taping?
As vantagens, em relação à outras terapias, são, portanto, as seguintes:
Efeito rápido ou imediato
A dor é aliviada em 90% dos casos
Funciona sem precisar afastar o paciente do seu posto de trabalho
A terapia é indolor
Não se utiliza medicamentos
A possibilidade de efeitos colaterais é pequena
É rápido – tanto no tempo das sessões quanto no número delas
Além disso, apresenta baixo custo
Em qual situação uso a técnica de Spiral Taping?
Utilizamos a técnica do Spiral Taping para o alívio da dor, tanto de ordem articular quanto muscular, porque é incrível: é imediato!
Além disso, vale também acrescentar que, como estimula pontos da acupuntura, é possível produzir efeitos positivos em tratamentos emocionais.
Indicações para a Esparadrapoterapia
Aqui estão, portanto, alguns exemplos para os quais você pode usar o Spiral Taping para o tratamento:
Edemas (inchaços);
Esporão de calcâneo;
Gota;
Bursites;
Tendinistes;
Joanetes;
Fascite plantar;
Lombalgia;
Entorses (tornozelo, joelho)
Cólica menstrual;
Insônia;
Angústia;
Dores articulares musculares;
DORT (Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho);
Além disso, muitos outros exemplos.
Existe uma direção correta para a aplicação?
A direção mais eficiente para a aplicação da técnica é da extremidade para o centro, direcionada para a esquerda. Isso porque 95% das pessoas apresentam a espiral predominante ascendendo da direita para a esquerda. Entretanto, tal especificidade exige avaliação individualizada.
Em qual local deve ser aplicada a técnica de Spiral Taping?
Esta técnica é ótima porque podemos mesclar tanto os pontos acupunturais – o que é uma ótima alternativa para quem tem medo de agulha – quanto os triggers points. Assim, veja a imagem abaixo:
→ Saiba mais sobre Fono Hospitalar com estes artigos:
A aplicação da técnica deve ocorrer 2 vezes por semana, devendo permanecer, então, por até três dias. Mas se as fitas permanecerem por mais tempo que o indicado, pode não fazer efeito e até mesmo gerar mais problemas.
Onde posso aprender mais sobre isso?
Você quer saber ainda mais detalhes sobre o Spiral Taping? Então leia até o fim.
No meu curso inédito sobre Dispositivos Sensoriais que eu lancei com meu parceiro e colega Alan Senigalia, você pode aprender mais sobre a aplicação de Spiral Taping e ainda mais: Appong, Stiper e Dynamic Tape – além de uma infinidade de conteúdos detalhados que irão mudar a sua vida profissional para sempre. Ele será lançado novamente em breve, aguarde.
PEREIRA, Camila. SPIRAL TAPING e o meu SER FONO HOSPITALAR. Campo Grande – MS. 2 de fevereiro de 2022. Instagram. Motility Oral. Disponível em: <https://www.instagram.com/p/CZfFS4npcQ7/>. Acesso em: 28, fevereiro 2022.
TORRES, A. de S. SPIRAL TAPING. Nova fisio. Disponível em: <https://www.novafisio.com.br/spiral-taping/>. Acesso em: 28, fevereiro 2022.
AFINAL, o que são Trigger Points ou Pontos-Gatilho?. Ebramec, 2017. Disponível em: < https://ebramec.edu.br/trigger-points/>. Acesso em: 28, fevereiro 2022.