Você sabe o que é conectividade cerebral e o quanto ela é importante para a fonoaudiologia hospitalar no que tange às afasias?
Sabe a diferença entre os dias atuais e antigamente quanto as novas descobertas da neurociência e seus estudos para os tratamentos da afasia?
Para que serve, de forma prática, a classificação de afasia de Broca, afasia de Wernicke e muitas outras? O que isso tem a ver com conectividade cerebral?
Continue lendo para descobrir tudo!
Introdução da conectividade cerebral: fisiologia
As fibras brancas, os axônios, são os responsáveis por transmitir a informação ao sistema nervoso central. Os tratos, que percorrem os hemisférios direito e esquerdo, são tratos de quê? De associação.
Então, esses tratos são as vias que levam informações fonológicas e semânticas, fonológicas e semânticas…
E então?
Então, se tivermos uma lesão que compromete muito a intersecção desses tratos, obviamente o prognóstico será mais limitado.
E assim, muitas vezes, vamos ter que caminhar com uma comunicação alternativa por exemplo.
Alto letramento na conectividade cerebral nas afasias
Mas, se o paciente tiver um alto letramento, a probabilidade dele conseguir encontrar uma via alternativa para responder ao tratamento é grande, os estudos mostram isso e estamos ancorados neles.
Entretanto, em que condições isso ocorre?
Em que condições isso ocorre?
Assim, isso ocorre desde que o paciente tenha o quê? Reserva cognitiva.
Se ele tiver reserva cognitiva, nós podemos conseguir!
O que me motiva a estar aqui?
E isso é o que me motiva a estar aqui. Nós precisamos falar sobre isso.
Quando eu comecei nas redes sociais, lá atrás, com a traqueostomia, eu bati em cima dos principais paradigmas, e hoje o que me motiva a estar aqui falando sobre afasia é exatamente porque eu sei que existem muitos pacientes que ficam livres da traqueostomia e da sonda, mas ficam afásicos.
O paciente fica afásico, e o fonoaudiólogo fica sem saber o que fazer. Sem saber que caminho tomar. Reconhece as alterações, mas não sabe como lidar com os achados. “Eu sei que ele está tendo neologismo, mas o que eu faço com isso? Eu sei que ele tem uma supressão da fala… mas e ai?”
A classificação de antigamente: afasia de Broca, afasia de Wernicke…
Ou, pior: nós classificamos o paciente como antigamente, quando não existiam exames de imagem, nem sequer raio X, e o que fazíamos?
Classificávamos o paciente com base em uma taxonomia. O que é isso?
Afasia de Broca, afasia transcortical motora, transcortical sensorial, condução, afasia de Wernicke, afasia mista, anômica, global… enfim.
Era assim que fazíamos.
As quatro tarefas na classificação de antigamente
E, se formos olhar, o que era antigamente? Em que se baseava nossa avaliação? Utilizávamos quatro tarefas: repetição, fluência, compreensão e nomeação.
Assim, com base nelas, classificávamos o paciente – como afasia de Broca, afasia de Wernicke, transcortical motora, sensorial…
Essas classificações das afasias são importantes até que ponto?
Mas adianta você saber que, por exemplo, o seu paciente é um caso de afasia transcortical motora, que tem redução de fala, repetição preservada, que vai bem na leitura em voz alta, enfim.
Então, adianta você saber isso? Fala para mim.
Você sabendo, por exemplo, que ele tem redução de fala e isso sendo uma característica marcante da afasia transcortical motora, ou seja, ele não é fluente. Isso direciona sua clínica?
Para que essas classificações servem, então?
Então, isso é apenas para facilitar a comunicação: “Eu estou diante de um paciente com afasia global”, “eu estou diante de um paciente com afasia de Broca”.
Mas o que isso de fato significa?
É apenas para facilitar a comunicação da equipe multiprofissional. Saber que aquele meu paciente lá, sendo Broca, condução, transcortical motora, tem um predomínio da emissão pior do que o da compreensão, e ponto final.
É só para isso que serve, para a nossa comunicação.
Mas, importante: para as nossas estratégias terapêuticas, isso não muda.
Área da lesão x conectividade cerebral
Assim como em outra questão, antigamente nós éramos localizacionistas. O que é isso?
Nós considerávamos muito a área da lesão.
Hoje, sabemos que tem lesão na área de Broca mas que o paciente fala, e aí? O que explica isso?
A conectividade!
Conclusão da importância da conectividade cerebral
Assim, antigamente, nós olhávamos a cito arquitetura cerebral.
Agora, não.
Hoje, partimos do modelo do princípio que envolve essa interconectividade, essa conectividade cerebral.
Onde posso aprender mais sobre isso?
Como você deve saber, eu estou no Instagram como Motility Oral (@motilityoral) – clique aqui para ver.
Mas, o que você talvez não saiba, é que tenho um perfil em que falo especificamente sobre afasia.
Siga-me no Motility Oral Afasia (@motilityoral.afasia) para saber mais sobre afasia, porque eu estou sempre falando sobre isso por lá!
Portanto, fique por dentro!