Paralexias literais e fonêmicas: como diferenciar? Entenda tudo!
Neste post (clique aqui para ler), eu falei tudo sobre as paralexias literais e fonêmicas. Mas você sabe como diferenciar cada uma delas?
Então, leia até o final para aprender tudo.
Dúvida: paralexias literais e fonêmicas
Entre as paralexias, a única dúvida que pode existir é entre as paralexias literais e as fonêmicas. Por quê? Vamos pensar aqui.
Porque por exemplo, vamos supor que o paciente está em uma prova de leitura, e estava lá a palavra “fivela”. Mas ele leu “pivela”.
Neste caso, como que eu vou saber se o problema está em reconhecer o grafema ou em falar?
Por quê? O que acontece?
Porque veja bem, preste atenção: se eu olho para aquela letra e falo outra, eu sei que estou cometendo uma paralexia literal, certo?
Agora, a fonêmica, vamos parar para pensar aqui: o que acontece com a fonêmica?
A paralexia fonêmica
Na paralexia fonêmica mentalmente eu leio correta a palavra fivela; também faço o pareamento grafema-fonema; mas na hora de parear com o meu registro fonológico de saída, sai uma palavra diferente, sai por exemplo “pivela”.
Paralexias: fonêmica x literal
Então, quando o problema está na saída, é fonêmica, mas quando está na entrada, é literal. Tá certo?
Mas como eu vou saber a resposta disso?
Então, você pode me dizer assim: “Mas, Camila, como eu vou fazer para saber a resposta disso? Como posso ter certeza se está na entrada ou na saída?”
No caso, você vai tirar a prova.
Exemplo de tirar a prova, no caso das paralexias
Por exemplo, se eu pedir uma prova de repetição para esse paciente que cometeu “pivela”, e ele repete tudo, o que eu estou avaliando com essa prova?
Pense bem, eu falo e ele repete, ou seja, estou avaliando registro fonológico de entrada e registro fonológico de saída. Então estou avaliando ambos.
Onde está o problema, então?
Neste exemplo que eu dei, estou querendo saber se o problema está em registro fonológico de entrada ou em registro fonológico de saída.
A partir do momento que eu faço a prova de repetição e esse meu paciente repete várias palavras, mas ele não é capaz de repetir não-palavra, o que isso me faz pensar?
Se ele repetiu palavras e não repetiu não-palavra, me faz pensar em uma ruptura do léxico fonológico de saída, e então acaba tendo o quê?
Uma intersecção com a outra prova que eu apliquei e que ele também apresentou uma paralexia fonêmica, de saída.
Nós temos como tirar a prova: onde está a falha?
Eu acho que não posso falar muito disso aqui agora para você porque eu tenho medo de confundir a sua cabeça, visto que é um pouquinho mais complexo.
Mas o que eu quis mostrar aqui, é que nós temos como tirar a prova, através da intersecção das manifestações que acontecem ao aplicar as provas e tarefas. Nós identificamos onde está a falha, se na entrada ou na saída ou ainda se está na praxia dos órgãos fonoarticulatórios.
A apraxia no caso de avaliação das paralexias
Às vezes o paciente reconhece bem a letra, tem o buffer fonológico de saída, aquele estoque permanente existe e ele sabe exatamente como que pareia para o sistema fonológico…
Só que na hora que ele vai falar, devido a uma apraxia ele não consegue falar.
Mas o que fazemos com isso?
Então, nas provas que aplicamos, é feita inclusive uma avaliação de praxias, onde avaliamos os movimentos buco faciais e articulatórios.
Podemos falar isso depois também, porque hoje não estamos falando especificamente de avaliação.
Conclusão das estratégias terapêuticas para paralexias
Então, a partir do momento que eu vou aplicando essas provas e vou verificando que tem intersecção, eu vou descartando algumas hipóteses e vou afunilando para o que de fato justifica aquela falha.
Dessa forma, é exatamente ali que eu vou escolher as minhas estratégias terapêuticas.
Onde posso aprender mais sobre isso?
Como você deve saber, eu estou no Instagram como Motility Oral (@motilityoral) – clique aqui para ver.
Mas, o que você talvez não saiba, é que tenho um perfil em que falo especificamente sobre afasia.
Siga-me no Motility Oral Afasia (@motilityoral.afasia) para saber mais sobre afasia, porque eu estou sempre falando sobre isso por lá!
Portanto, fique por dentro!
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